sábado, junho 15

SOBRE O FIM DOS TEMPOS VL

Ap. 17: 1 a 18 - "Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo:vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam sobre a terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição. Então ele me levou em espírito a um deserto; e vi uma mulher montada numa besta cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro, cheio das abominações, e da imundícia da prostituição; e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração. Ao que o anjo me disse: por que te admiraste? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres. A besta que viste era e já não é; todavia está para subir do abismo, e vai-se para a perdição; e os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir. Aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada; são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo. A besta que era e já não é, é também o oitavo rei, e é dos sete, e vai-se para a perdição. Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam o reino, mas receberão autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis. Disse-me ainda: as águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas. E os dez chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo. Porque Deus lhes pôs nos corações o executarem o intento dele, chegarem a um acordo, e entregarem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra."
O foco neste capítulo é a "igreja de Satanás", o "reino de Satanás", "a Prosperidade de Satanás" e a destruição de tudo o que não pode ser redimido pelo sangue de Cristo. Não há absolutamente nada de místico na expressão "sangue de Cristo", pois trata-se de um processo pelo qual o sangue vertido na cruz foi o preço pago pelo pecado original. A vida da alma está no sangue, conforme já foi dito, portanto, o sangue de Cristo foi derramado para salvação da alma. O que é redimido no homem pecador é a alma, sendo o espírito reconciliado com Deus e o corpo será ressuscitado na restauração final. É necessário esclarecer isto, porque os religiosos invocam o sangue de Jesus como se fosse água benta para espantar o mal. A morte substitutiva e inclusiva de Cristo nada tem a ver com crendices místicas.
O apóstolo João é convidado por um dos ministradores celestes a ver o julgamento da igreja de Satanás. É dito que uma meretriz se assenta sobre muitas águas. Sabendo-se que águas no sentido escatológico são povos e nações e que mulher representa uma igreja, tal igreja prostituta ou religião oficial do Anticristo estará dominando o mundo. Os governantes do mundo se prostituíram com a meretriz ou igreja de Satanás. Prostituição, neste caso, significa se vender ou fazer acordos em que ambos os lados se beneficiam, semelhante o homem que paga uma prostitua em troca de prazer sexual. A grande meretriz é um sistema que tem uma espécie de culto de mistérios e se localiza em uma grande cidade se confundindo com ela. A igreja é sempre representada por uma mulher, neste caso, tal igreja está apoiada ou assentada sobre um sistema indicado pela Besta Vermelha. A Besta Vermelha ou Escarlate possui dizeres ou slogans que são blasfêmias. Isto pode indicar que tal governo adotará uma espécie de marketing focado no homem, no sistema bestial e em Satanás. A Besta possui sete cabeças e dez chifres que simbolizam reinos e governantes. Então, uma das cabeças possui mais de um chifre, demonstrando alianças e acordos entre países. Sabe-se, pelo texto, que cabeças são também sete montes representando reinos históricos. Cinco destes impérios já passaram: Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia e Grécia. O reino que  existia à época era o Império Romano. O sétimo será o ressurgimento do Império Romano que reaparecerá no tempo do fim, e, deste sétimo surgirá um oitavo reino, o reino da Besta ou Anticristo.  Os sete chifres são governantes chamados no texto de reis. O oitavo reino ou domínio terá as características acumuladas de todos os reinos passados. É como se fosse uma síntese refinada de tudo o que o mundo já experimentou. O império vindouro a que alude o texto é o domínio do Anticristo subordinado ao Dragão, Serpente ou Satanás e auxiliado pela outra Besta chamada de Falso Profeta. Isto é uma simulação falsa da trindade verdadeira: Pai, Filho e Espírito Santo. 
A única cidade que foi edificada sobre sete montes foi Roma. Porém, hoje não se veem estes montes todos, porque a cidade é uma metrópole moderna e alguns montes foram removidos e outros cobertos por construções. A maior parte dos intérpretes deste texto afirmam que se trata de Roma a capital da Itália. É fato conhecido que, hoje Roma é o centro de diversos cultos secretos dedicados a divindades babilônias, gregas, romanas e outras crenças esotéricas e místicas. Entretanto, o próprio texto afirma que os sete montes são sete reis, ou seja, governantes. O verso quatro descreve a mulher vestida de escarlata e púrpura, adornada de jóias com um cálice de ouro na mão. Eram os tecidos mais nobres e mais caros da época, indicando, no texto, pompa, luxo e poder material. Tal mulher é a igreja de Satanás que será a religião oficial e dominante à época. Vê-se que a mulher, a saber, o sistema religioso está montado sobre a Besta, ou seja, o sistema político-econômico. Isto indica que a falsa igreja terá grande domínio sobre as atividades da Besta. Na testa da mulher está escrita a palavra "mistério". Sabe-se que mistério se refere a algo que só os iniciados conhecem e sabem o significado. Portanto, haverá um culto místico e esotérico praticado e conduzido pela igreja de Satanás. Ao que parece estará ligado à antiga Babilônia e suas crenças restauradas. Hoje o que mais se fala é sobre tabletes de argila cozida com documentos escritos descobertos no Iraque. Escavações nas ruínas da antiga cidade assíria, Nínive, na biblioteca do rei Assurbanípal foram achados cerca de 23 mil tabletes destes. Tais tabletes trazem diversos conhecimentos avançados para a época dos sumérios, indicando contato com anjos caídos. Tais seres decaídos eram chamados de Anunnakis e teriam vindo à Terra e dado início à civilização dos sumérios, acadianos e babilônios. Os livros de Zacherias Sitchin intitulados "As Crônicas da Terra" dão inumeráveis pistas sobre tais assuntos. Também neste contexto é falado sobre abominações da Terra. Tal vocábulo é utilizado para se referir à idolatria no velho testamento. Jesus, o Cristo se refere a esta abominação como uma profanação realizada pelo Anticristo no Templo em Jerusalém. Tal profanação já se cumpriu uma vez por Antíoco Epifânio que sacrificou um porco sobre o altar e colocou uma insígnia pagã dentro do templo. Todavia, uma profanação se cumprirá uma última vez pela Besta no Templo de Salomão que será reconstruído em Jerusalém. 
Neste texto é dito que os governantes farão um acordo com a Besta e receberão o poder apenas por uma hora. Deus colocará nos seus corações o intenso desejo de entregar o domínio dos seus governos à Besta. Isto será para levar o sistema à perdição e ruína final. O texto mostra, ainda, que a Besta se revoltará contra o Falso Profeta e a Meretriz, ou seja, contra o poder religioso dominante. O Anticristo destruirá o poder religioso e o seu líder e se proclamará ele mesmo como deus. A mulher é tipificada por uma grande cidade que exercerá grande influência sobre os governos e os povos da Terra. 
Finalmente, é dito que a Besta, agora incorporando o próprio Diabo fará guerra ao Cordeiro, a saber, a Cristo. O Senhor Jesus, o Cristo e os imortais vencerão a Besta, a Grande Babilônia e o próprio Diabo.
Maranata!

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