segunda-feira, janeiro 2

ESCATOLOGIA LXVI

Mt. 24: 29 a 33 - "Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas."
Todo o capítulo 24 do evangelho segundo Mateus é escatológico, entretanto, algumas porções dele já foram tratadas ao longo desta série de artigos. Quando se afirma que um texto é escatológico significa dizer que se refere ao tempo do fim de uma era, de um período, de um ciclo. Tal período é retratado ao longo das Escrituras como o desfecho do processo de redenção decidido por Deus antes dos tempos eternos conforme Tt. 1:2 - "... na esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos eternos..." É importante que se esclareça isto, porque muitos religioso, por não terem revelação, não fazem distinção do sentido entre os textos, tomando-os como válidos para toda e qualquer ocasião.
Muitos leitores das Escrituras, religiosos ou não, não creem na maior parte do que leem. Leem como que por hábito adquirido e não como as revelações do alto. Acabam buscando na Palavra de Deus uma humanização e uma conciliação entre os seus sistemas de crenças e a revelação compendiada. Para tanto, torcem, contorcem, e retorcem os textos em suas interpretações esdrúxulas até que coincidem com o que querem. Isto foi demonstrado pelo apóstolo Paulo conforme II Tm. 4: 3 e 4 - "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas." Vê-se claramente que não é uma questão de crer, mas de não suportar a sã doutrina. De fato, a sã doutrina em nada envaidece o homem, em nada enaltece o home, em nada exalta o homem. Ela é mesmo insuportável aos que estão em processo de perecimento conforme I Co. 1: 18 - "Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus."
O homem natural gosta de ouvir canções de ninar, porque estas embalam os seus mais profundos desejos de serem "deuses" e "senhores" do seu próprio destino. Não sabem que, de fato, estão seguindo o que já lhes foi preordenado, quando os seus nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro.
O texto de abertura fala da parábola da figueira: quando os seus tenros ramos brotam folhas, sabe-se que se aproxima a estação das chuvas. Os brotos da figueira são os sinais visíveis que virá uma determinada estação. Consequentemente o agricultor pode dar início a um processo encadeado para preparar a terra e plantar as suas sementes. Semelhantemente, quando os sinais prenunciados por Cristo se intensificarem saber-se-á que Ele está voltando com grande poder e glória para concluir o processo escatológico. 
Assim, a escatologia vem anunciando e enunciando todas as evidências do tempo do fim, entretanto, os homens não possuem inclinação para vê-las, quanto mais para recebê-las como procedentes de Deus. E, por todas estas realidades é que os textos são dignos de crédito, porque seja pela afirmação,  ou pela negação deles, as Escrituras estão se cumprindo à risca.
Ora, vem Senhor Jesus.
Maranata!!!

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