quinta-feira, dezembro 29

ESCATOLOGIA LXII

II Tm. 3: 1 a 5 - "Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses."
Sempre que se depara com as passagens relativas ao estado deplorável do homem natural, tem-se a impressão que é exatamente assim que está acontecendo mesmo. Os textos são atualíssimos e, de fato, fica claro que os últimos dias já chegaram. Todavia, tais sinais são apenas parte da revelação da natureza pecaminosa, e tendem a piorar na medida em que se aproxima o tempo da tribulação.
Após um período de horror na face da Terra nascerá uma nova Terra e um novo céu onde haverá justiça, paz e prosperidade para todos. O reino eterno terá sido implantado e os homens, mesmo os que não possuem corpos espirituais, serão totalmente diferentes e a vida será longa e plena de saúde.
Ap. 21: 1 a 7 - "E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe. E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida. Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho."
Este novo céu e a nova Terra resultam do processo de depuração porque passará a Terra e o firmamento, como também do trabalho de restauração durante o milênio. É o fruto do trabalho da obra de redenção do "Grande Rei" que tem o seu começo na eternidade pretérita, passando pela cruz, e terminando no seu glorioso regresso. Esta redenção é retratada ao longo de todas Escrituras, pelos profetas e apóstolos. Após todos os fracassos do homem em estabelecer um paraíso à revelia do "supremo propósito" de Deus, falharam. Por isso, o apóstolo Paulo afirma em II Co. 5:17 - "...as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.". Esta é a bendita esperança descrita em Tt. 2:13 - "...aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus..."
O texto apocalíptico afirma que o mar já não existe. Isto não quer dizer que não haverá água na Terra restaurada, mas tão somente que a estrutura dos continentes e dos oceanos foi alterada e passou a predominar a superfície de terra firme. Isto acabará com as regiões estéreis e toda a Terra voltará a ser como no Éden. A redenção fará que haja a restauração da Terra original, sendo os céus e a Terra, tal como antes da queda do homem. No Gênesis é dito que havia uma quantidade de água acima no firmamento, aproximadamente igual à quantidade de água embaixo nos mares e oceanos. Porém, estas águas foram despejadas sobre a Terra por ocasião do dilúvio conforme Gn. 7: 11 - "No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do mês, nesse dia romperam-se as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram..." Depois do dilúvio, e devido a inclinação do eixo da Terra, estas águas se congelaram nos Polos. Há uma teoria que diz que as águas circundavam a Terra como anéis semelhantes aos de Saturno, e que estas águas filtravam os raios cósmicos, o que explicaria a longevidade dos seres vivos.
Na maior parte do capítulo 21 do Apocalipse é descrita a "Cidade Santa", ou seja, a cidade onde habitarão o "Grande Rei" e os santos redimidos. Ela é também chamada de "Nova Jerusalém", porque não é a Jerusalém terrena construída pelo homem, e tantas vezes destruída. É uma cidade perfeita que desce de Deus à Terra. Ela será o esplendor da própria luz de Deus, dispensando o Sol e a Lua para iluminar a Terra. Esta cidade espiritual é chamada de "A Noiva", "A Esposa do Cordeiro", fazendo menção à união eterna entre Cristo e a Igreja. Ela ficará suspensa entre o espaço sideral e a Terra. Será uma cidade em tudo esplendorosa: seus muros terão doze fundamentos com os nomes dos apóstolos. Estas muralhas têm cerca de 80 metros de altura e doze portas formadas por doze pérolas inteiriças com os nomes das doze tribos de Israel. Assim, vê-se que, tanto os justificados da velha dispensação, como os santificados da nova aliança participarão da Cidade Santa.
Nesta cidade não há Igreja ou Templo, pois o próprio Deus nela habitará em pessoa, e a adoração será perpétua.
Gloria in excelsis Deo!

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