domingo, junho 26

ESPIRITO, ESPÍRITOS, E ESPIRITUALISMO VII

Is. 8: 19 e 20 - "Quando vos disserem: consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos? A Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva."
Entre o normal e o excepcional, o homem decaído quase sempre opta pelo excepcional, porque isto lhe confere diferenciamento e a suposição de superioridade. Entretanto, a normalidade é o ponto a ser considerado, pois toda ação anormal é rebelião, e rebelião é pecado conforme texto já colocado em outra instância. No texto que abre este artigo, vê-se claramente a questão da normalidade e da excepcionalidade. O normal é que um povo consulte e busque a Deus, e que se consulte os vivos em favor dos vivos; a excepcionalidade é um povo consultar espíritos familiares, feiticeiros, encantadores, ou que se consulte os mortos em favor dos vivos. A normalidade é que a Lei, isto é, as Escrituras com os eternos decretos de Deus sejam consideradas como verdade, e não o que espíritos de anjos caídos disfarçados de espíritos de luz ou de quem já morreu possa dizer. O texto bíblico diz que o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz para enganar. A normalidade é o testemunho dos santificados mensageiros que pregaram, alertando os homens quanto aos seus pecados e quanto a necessidade de arrependimento verdadeiro. Sabe-se que a mentira em quase tudo se assemelha à verdade, pois do contrário não conseguiria enganar ninguém. É a questão levantada por Cristo sobre o joio e o trigo!
O maior testemunho dentre todos os enviados de Deus é o de Jesus, o Cristo, porque dele se declara o seguinte Dt. 18: 18 a 20 - "Do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E de qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu exigirei contas. Mas o profeta que tiver a presunção de falar em meu nome alguma palavra que eu não tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá." Após Cristo são inumeráveis os testemunhos dos apóstolos, dos pais da igreja e dos mártires que foram devorados por feras e serviram de espetáculo ao mundo decaído. Eram todos servos do Altíssimo e morreram pelas mãos de impiedosos para que, no juízo, tais iníquos se calem e assumam que sua condenação é justa.
Na verdade uma das razões porque espíritos de pessoas que já faleceram não voltam e não dão consultas, ou fazem qualquer outra coisa é que, o espírito foi colocado no homem por Deus conforme Zc. 12:1 - "A palavra do Senhor acerca de Israel: fala o Senhor, o que estendeu o céu, e que lançou os alicerces da terra e que formou o espírito do homem dentro dele." Sabe-se também, pelo testemunho das Escrituras, que este espírito soprado no homem por Deus, uma vez que o corpo desfalece, retorna a Deus de onde veio conforme Ec. 12:7 - "... e o pó volte para a terra como era, e o espírito volte a Deus que o deu." O que aconteceu com o homem após a queda pelo pecado da incredulidade é que o seu espírito ficou desligado de Deus e limitado pela alma e pelo corpo que são substâncias absolutamente diferentes entre si. O corpo é matéria grosseira e possui composição semelhante aos elementos naturais. Ao ser sepultado se decompõe e retorna ao estado do pó da terra; o espírito retorna ao Criador de onde veio; e a alma vai para o destino que lhe couber: se foi purificada pela justificação em Cristo, para a glória eterna; se condenada pelo pecado, para a condenação eterna no Hades e, depois, no Lago de Fogo e Enxofre.
Na restauração final dos eleitos, o corpo, a alma e o espírito serão glorificados e unidos em perfeição e viverão eternamente na presença de Deus. Quanto aos condenados, as suas almas se unirão aos seus corpos não-glorificados e viverão eternamente separados de Deus conforme Dn. 12:2 - "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno." Verifique que o adjetivo 'eterna' se refere, tanto à vida, como a vergonha e o desprezo. Ambos são eternos e irrevogáveis! Toda doutrina que tenta modificar o que Deus diz nas Escrituras e suprimir a verdade por alternativas bonitas e caritativas, não procede de Deus, porque os seus decretos eternos são imutáveis. Ele é amor sim, mas também é justiça. O homem pecador iludido pelo Diabo tenta dourar a pílula inventado doutrinas agradáveis para tentar solucionar o seu próprio desespero espiritual. Por esta razão estes ensinos espiritistas e espiritualistas ganham a cada vez mais e mais terreno. O Diabo sabe que o seu tempo está se esgotando e, portanto, tem trabalhado no sentido de conferir ao homem uma alternativa melhor e mais convincente acerca da salvação, iludindo-o com ensinos lógicos, bonitos, convincentes e aparentemente amorosos. Entretanto, Deus não está nisso...
Sola Scriptura!

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