domingo, agosto 15

O QUE É O NOVO NASCIMENTO III


Jo. 3: 3 a 8 - "Respondeu-lhe Jesus: em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito."
Prosseguindo no tema do "nascimento do alto" verificam-se outras realidades no texto de abertura. Houve incompreensão acerca do ensino de Jesus por parte de Nicodemos, porque tal ensino fugia ao mero ritual da religião exterior dominante. Jesus, o Cristo ainda jogou mais luz sobre o assunto, quando afirma: "... o que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito." O Senhor Jesus distingue nascimento biológico por meio de linhagens, ou descendência étnica, do nascimento operado pelo Espírito Santo, convencendo o homem decaído do pecado da incredulidade conforme Jo. 16: 9 - "...do pecado, porque não creem em mim." Assim, fica evidente que o pecado é a incredulidade, sendo esta, de fato, o que aconteceu no Éden com o ancestral comum da humanidade. Ele não creu, que, comendo do fruto proibido, morreria, porque a ele foi dito o contrário pelo inimigo. Muitos religiosos imaginam que o pecado de Adão foi comer do fruto a ele restringido. Ao contrário, comer do fruto foi uma consequência do pecado, mas o pecado, em si, foi a incredulidade na Palavra de Deus: "certamente morrerás".
O "nascimento do alto" é ensinado ao long das Escrituras. No velho testamento, e por instrumentação do profeta Ezequiel diz: "Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei. Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis." Obviamente, o texto ezequeliano, não se refere ao ritual das abluções com água, pois se fosse assim, todos os que tais rituais realizassem estariam limpos, e Cristo e a cruz seriam absolutamente dispensáveis. É pela iluminação da Palavra de Deus que se purifica o pecador da mente corrompida conforme Jesus deixa claro em Jo. 15: 2 e 3 - "Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado." Tanto, o texto de Ezequiel, como o texto do apóstolo João, não se referem a coisas simbólicas, mas a realidades espirituais, ainda que se utilize do recurso da linguagem metafórica. Para se ter um espírito novo, e um coração de carne no lugar do espírito corrompido pelo pecado original, e do coração empedernido pelos atos pecaminosos, necessário é que estes sejam absolutamente destruídos na cruz conforme Rm. 6:6 - "... sabendo isto, que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado." O corpo do pecado é uma referência ao coração, sede da alma e do espírito, a saber, a velha natureza adâmica, velho homem, ou natureza pecaminosa.
Nos textos retratados, percebe-se com clareza meridiana que a ação é invariavelmente de Deus. Isto é monergismo e ensino verdadeiro segundo as Escrituras. Não é religião barata e do engano que leva milhares para longe do "nascimento do alto" por inclusão do pecador na cruz e na sua ressurreição juntamente com Cristo. Sem a morte da morte, na morte de Cristo não há redenção. É "Novo Nascimento", ou Nada!
Jesus diz claramente a Nicodemos que ele mesmo necessitava nascer do alto e que as verdades operadas pelo Espírito Santo, não são visíveis, tangíveis ou sensíveis. É como o vento que balança a folha da palmeira, veem-se as consequências dele, mas não se vê o vento propriamente dito. Assim, são os que são nascidos do alto, não são melhores do que as outras pessoas, não apresentam nada de religião exterior, não aparecem na mídia, mas são guiados pelo Espírito. O maior problema da religião e do homem decaído é que este quer uma espiritualidade de resultados imediatistas e de sinais exteriores, com base no sucesso deste mundo. Logo, não querem Cristo, querem apenas os benefícios oferecidos por Ele.
Em Cristo

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