domingo, agosto 2

GRAÇA E DEPENDÊNCIA PLENA DE DEUS VII


I Sm. 2: 6 a 9 - "O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo. Os pés dos seus santos guardará, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas; porque o homem não prevalecerá pela força." O mundo entregue aos sistemas religiosos, com base em suas crenças humanistas, filosóficas, sociológicas não aceita as Escrituras como válidas, porque elas veem para desmontar toda uma tese de autoendeusamento do homem. Quando alguém concorda com o fato que Deus é soberano, geralmente, o faz por tradição, por retórica, ou mesmo para ser aceito como uma pessoa engajada aos costumes e valores supostamente cristãos. No geral os homens, especialmente, aqueles que professam religiões, não confessam as coisas que estão escritas no texto que abre este artigo. Quando o fazem, fazem-no como mera declaração e não como confissão que expressa a real fé obtida de Deus no nascimento espiritual.
O conteúdo do retromencionado texto é essencialmente baseado na graça, a qual procede da misericórdia divina; foi Deus quem levou o Seu Filho Unigênito à cruz, para nela, tirar a Sua vida, para que, no terceiro dia trazê-la de volta na ressurreição; foi Deus quem empobreceu o Seu Unigênito Filho, fazendo-o descer ao mundo desprovido de Sua Deidade, conformando-o à condição humana, para depois exaltá-lo elevando-o à destra do seu sublime trono; é Deus quem realiza, tanto o querer, como o efetuar segundo a Sua santa vontade. Esta é, portanto, a dimensão e a abrangência da soberania d'Ele. O homem, por mais reto, íntegro, temente e que se desvie do mal, não pode alterar a morte, a miséria, a pobreza, e o pecado por si mesmo.
Tudo o que existe no universo é regido pela soberna e monérgica graça de Deus, recebendo isto ou não o homem. Porque, independentemente, das ilações e injunções humanas com base em seus sistemas contaminados pelo pecado, Deus permanece o mesmo, ontem, hoje e eternamente. Esta é a razão de o pecador não ser consumido e extinguido da face da Terra. As misericórdias de Deus se renovam a cada manhã, precisamente, porque a natureza pecaminosa no homem é abundante na produção de atos pecaminosos. Por esta mesma razão é que o nascido de Deus leva o morrer diário de Cristo. Ele foi crucificado com Cristo para destruição do corpo do pecado, para dar fim à natureza do primeiro Adão. A natureza adâmica foi incluída na morte de Cristo para retirar o primeiro homem e ganhar a natureza do segundo, pois aquele é terreno, enquanto este é celeste. Para Cristo todas as coisas se convergem, porque Ele é tudo em todos os eleitos. Por fim, Cristo pessoalmente restaurará todas as coisas e o universo voltará ao supremo propósito do Pai, o qual deseja formar para si uma família. Esta é, portanto, a extensão da graça de Deus: trazer à vida abundante, o homem que estava morto em delitos e pecados; enriquecer espiritualmente o homem necessitado e pobre de espírito; criar no homem feito do pó, não só a imagem, mas também a semelhança de Cristo; tornar o homem destituído da glória de Deus, co-herdeiro da glória junto ao trono do Grande Rei; guardará os pés dos seus eleitos e regenerados para sempre e eternamente.
Sola Gratia!

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