quinta-feira, janeiro 29

O QUE É E O QUE NÃO É APOSTASIA XI

II Jo. 1: 7 a 11 - "Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão. Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras." As Escrituras simplesmente não omitem a verdade, contrariamente elas a expõe todo o tempo e com absoluta clareza. Entretanto, o coração possuído pela natureza pecaminosa herdada do primeiro homem inclina invariavelmente o pecador para o engano. De sorte que não há maior enganador do que o próprio enganado e vice-versa. Esta inclinação pode assumir diversos e diferentes matizes, tanto em sinceridade, como em falsidade religiosa. O texto que vem de ser lido afirma que os enganadores possuem uma característica fundamental: não 'confessam' que Jesus Cristo veio em carne. O que poder significar isto? Significa que os tais negam que Deus tenha enviado o seu Filho Unigênito para assumir a forma humana, afim de resgatar o homem em sua impossibilidade de salvar-se a si mesmo. Este é o ponto central: a natureza pecaminosa sob o comando de Satanás, não admite um salvador que não seja o próprio homem. Esta tendência da natureza decaída admite apenas uma espécie de iluminação, auxílio sobrenatural, mas no final, a opção de purificar-se e salvar-se fica com o homem. Para tanto, apóstatas ao longo do tempo criaram diversas doutrinas sobrepostas à verdade. Uma destas falsas doutrinas é a do 'livre arbítrio'. Por ele, a questão da escolha centrada no homem e não na cruz fica resolvida, pois postula que o pecador pode escolher entre a salvação e a perdição, entre "aceitar" e não "aceitar" o dom de Deus. Todavia, o homem é escravo da natureza pecaminosa, portanto, jamais pode ser livre, e, muito menos, pode arbitrar qualquer coisa no campo espiritual. 
No texto que abre este artigo é afirmado categoricamente que os enganadores não confessam. Confessar é um verbo formado a partir de duas palavras, ou seja, 'con' + '', ou seja, unir o discurso à fé. Logo, fica claro que sem fé de fato é impossível agradar a Deus conforme Hb. 11:6 - "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." Alguns imaginam ingloriamente que fé é qualquer padrão de comportamento piedoso, religioso, místico, ritualístico, caritativo ou moral aceitável por Deus e pelos homens. Não o é, pois a fé que conduz o homem à verdade não lhe é própria, mas obtida por misericórdia e graça do próprio Deus. Hb. 10:38 - "Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele." Veja, não é o justo aos seus próprios olhos que vive da fé, mas o justo que pertence a outro, a saber, a Cristo. Ele é o Justo que vive da fé, e, portanto, os que n'Ele forem justificados viverão da fé. Este texto de Hebreus é uma citação de Habacuque capítulo 2, cujo contexto faz referência ao Messias da promessa, ou seja, de Cristo. Também há inumeráveis textos que mostram que a fé é um dom de Deus e não uma capacidade natural do homem. Além do mais faz grande diferença dizer "viver da fé" e dizer "viver pela fé". No primeiro caso coloca o homem como quem depende da graça, no segundo, coloca o poder de gerar fé no próprio homem.
O apóstolo João, em sua segunda epístola afirma que qualquer que adentrar a Igreja e que não traz a sã doutrina, não deve ser sequer recebido pelos regenerados. Este discurso seria amplamente refutado hoje pelos padrões de humanismo prevalescentes na "igreja". O que importa hoje, não é a doutrina da verdade, mas o estar politicamente correto e ser aceitável perante a sociedade que perece e caminha para o inferno. Os religiosos preferem trocar a sã doutrina, pelos bancos cheios de incrédulos que não sabem quem é Jesus, o Cristo.

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