sábado, dezembro 6

A OPERAÇÃO DO ERRO IV

Jo. 5:37 a 40 - "E o Pai que me enviou, ele mesmo tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua forma; e a sua palavra não permanece em vós; porque não credes naquele que ele enviou. Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim; mas não quereis vir a mim para terdes vida!"
A operação do erro é enviada àqueles que não podem compreender o testemunho de Deus por meio de Cristo; aos que nunca ouvem a voz de Deus; aos que não veem com os olhos do espírito; aos que não permanecem na Palavra, ou antes ela não permanece neles. Tudo isto sucede a estes, porque não podem crer. Examinam as Escrituras por mero julgamento especulativo do que seja a vida eterna, entretanto, o querer deles não é inclinado para Deus, por isso, não vão a Cristo. Eles estão centrados na vida almática, ou seja, em suas próprias concepções do que seja a vida eterna e não n'Aquele, que, de fato, ela é. A vida eterna é definida escrituristicamente conforme Jo. 17:3 - "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste." A vida eterna não é apenas um estado do ser, mas é uma pessoa, a saber, Cristo.
A vida eterna é Cristo e não uma mera concepção, mas Ele mesmo é o doador e a doação da vida verdadeira, a qual é adquirida pelo conhecimento de Deus como único e verdadeiro e do Senhor Jesus, o Cristo, o qual Ele enviou para satisfazer a Sua justiça contra o pecado. Assim, a operação do erro é fruto da natureza pecaminosa que separa o homem de Deus e não em função da ação específica de um ou outro homem tido como demoníaco ou do mal como se presume comumente.
O princípio basilar da operação do erro está contido nas palavras de Cristo em Jo. 12: 43 a 48 - "Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele; mas por causa dos fariseus não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga; porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus. Clamou Jesus, dizendo: quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou. Eu, que sou a luz, vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. E, se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não o julgo; pois eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia." O fulcro entre os que operam segundo o coração de Deus e os que operam segundo os seus próprios corações está no foco. Os que amam a Deus, porque foram por Ele amados primeiramente confessam isto sob quaisquer circunstâncias. Todavia, os que amam mais a glória dos homens não confessam, apenas declaram algum tipo de crença ou religião. Há enorme distância entre confessar e declarar: confessar é dizer com fé, declarar é apenas dizer sem a fé, posto que esta é dom de Deus e não uma virtude natural do homem.
Toda a origem da operação do erro está na natureza pecaminosa do homem decaído e absolutamente depravado. De modo, que, nestas condições, ele não tem nenhuma inclinação para Deus e o Seu Filho Unigênito. Têm-na apenas para declarações religiosas e místicas. Isto nada tem a ver com a verdade, que, aliás é o próprio Cristo segundo Jo. 14:6.

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