sábado, setembro 27

SEM MORTE NÃO HÁ SALVAÇÃO I

A morte é um fato altamente detestado pelo homem em todos os tempos e lugares. Em algumas poucas culturas, notadamente algumas orientais, como no Budismo, Confucionismo e Taoismo, a morte é comemorada com festejos, por entenderem que ela é o recomeço de um novo ciclo. No mais, especialmente, nas culturas ocidentais, a morte é tida como algo abominável e detestável. Por esta razão é tão rejeitada, mesmo que seja amplamente mostrada nas Escrituras como algo natural e inevitável por conta do pecado.
No Novo Testamento, mais claramente, em comparação ao Velho Testamento, a morte é apresentada como essencial à redenção do pecador. Entretanto, não é uma referência à simples morte física do homem. É uma morte por inclusão em outra morte, a saber, na morte do substituto legal. A referência é à morte de Cristo, visto ser Ele o representante legal da parte de Deus para aniquilação do pecado que gera a morte física e espiritual do homem. Por morte espiritual se entende como a condenação e a separação eterna de Deus. O texto hebraico que anuncia a realidade da morte para o homem é uma expressão "morrer, morrendo". Inclui, neste caso, a ideia de degenerescência biológica e separação eterna de Deus. 
Rm. 5:21 - "... para que, assim como o pecado veio a reinar na morte, assim também viesse a reinar a graça pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor." O pecado entrou no mundo por um homem, isto é, por Adão e passou a todos os homens, porquanto todos herdaram a natureza pecaminosa de Adão, o ancestral comum a todos. Da mesma forma, a solução de Deus para destruição do pecado, foi retirar o pecado do mundo por um homem, a saber, Jesus, o Cristo. Isto está registrado assim: I Co. 15: 21 e 22 - "Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados."
Desta forma há uma ampla doutrina sobre a morte da morte do pecador, na morte justificadora de Cristo, o substituto legal. A este processo, dá-se o nome de doutrina da inclusão na morte de Cristo. Obviamente, a morte da morte do homem na morte de Cristo é uma questão de fé. Jesus, o Cristo foi o substituto perfeito, porque não tinha pecado, mas Deus o fez pecado incluindo n'Ele o pecado de todos os eleitos. Portanto, todos os que antes ou depois de Jesus, o Cristo foram justificados n'Ele pela fé na promessa de redenção.
Jo. 12: 32 e 33 - "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. Isto dizia, significando de que modo havia de morrer." Este é o texto áureo onde encontram-se os elementos da inclusão do pecador na morte de Cristo. Ele está se referindo ao seu levantamento na cruz e afirma que atrairá todos a Ele. Ora, se Cristo está mencionando à Sua morte na cruz e que atrairá aos todos que foram ordenados para a vida, logo, está atraindo-os à mesma cruz. O texto é claríssimo em afirmar que Cristo estava se referindo à sua morte. Jesus Cristo foi levantado três vezes: na crucificação, na ressurreição e na assunção ao céu. Todas elas estavam relacionadas à salvação do pecador.
Faz muito sentido, embora as Escrituras não necessitem de sentido, esse ensino bíblico da inclusão do pecador na morte de Cristo. Isto porque o homem contaminado pelo pecado jamais poderia promover a sua própria salvação, portanto, exigindo um substituto em tudo apto, sem pecado e sem culpa para justificá-lo. Assim, o justo de Deus, absorve a injustiça do homem e destrói a culpa do pecado, ressurgindo ao terceiro dia sem pecado para restituir o homem justificado novamente a Deus.

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